domingo, 25 de novembro de 2007

Sintra

Sintra conhecida como Suntria
segundo a mais antiga forma medieval,
aponta para o radical indo-europeu :
"Astro luminoso" , "Sol".



Em 1992, a UNESCO, alargou as categorias do Património Mundial e acrescentou a de Paisagem Cultural, é neste contexto que Sintra foi classificada como Património Mundial no âmbito da Categoria Paisagem Cultural, pois esta abrange o nosso mais significativo conjunto patrimonial quer monumental, quer natural, incluindo vasta parte da Serra e do Centro Histórico.



Lista dos Valores Fundamentais constantes na área classificada como Património Mundial - Paisagem Cultural



Parques e Manchas Florestais



  • Parque da Pena;
  • Parque de Monsarrete;
  • Manchas Florestais da Serra;

Centro Histórico

  • Vila Velha de Sintra;

Arquietectura Áulica


  • Paço Real de Sintra;
  • Palácio da Pena;
  • Chalet da Condessa d'Edla;
  • Palácio de Monsarrete;
  • Quinta da Penha Verde;
  • Paço dos Ribafrias;
  • Palácio dos Seteais;
  • Quinta da Regaleira;
  • Chalet Biester;
  • Quinta do Relógio;
  • Quinta dos Pisões;

  • Quinta do Saldanha;
  • Quinta da Amizade;

Arquitectura Militar

  • Castelo dos Mouros;

Arquitectura Religiosa


  • Convento Hieronimita de Nossa Senhora da Pena;
  • Convento Trino de Arrabalde;
  • Convento Carmelita da Eugaria;
  • Convento de santa Cruz dos Capuchos;
  • Antiga Igreja Paroquial de São Pedro de Canaferrim;
  • Igreja Paroquial de Santa Maria;
  • Antiga Igreja Paroquial de São Miguel;
  • Igreja Paroquial de São Martinho;
  • Igreja de Nossa senhora da Mesericórdia;
  • Capela do Espirito Santo, Paço Real de Sintra;
  • Capela de Santa Catarina, Penha Verde;
  • Capela de Nossa Senhora do Monte, Penha Verde;
  • Capela de São João Baptista, Penha Verde;
  • Capela de São Brás, Penha Verde;
  • Capela da Quinta do Saldanha;
  • Capela da Santissima Trindade, Regaleira;
  • Ermida de Nossa senhora da Piedade;

Monumentos e Vestigios Arqueológicos


  • Povoado Neolítico de São Pedro de Canaferrim;
  • Povoado Neolítico/ Calcolítico da rua das Padarias, "Vila Velha" de Sintra;
  • Povoado Calcolitico da Penha Verde;
  • Tholos da Bela Vista;
  • Povoado da Idade do Bronze do castelo dos Mouros;

  • Depósitos da Idade do Bronze do Monte do Sereno;
  • Estação romana da Vila de Sintra e possível Via e Necrópole Romanas da Rua da Ferraria;

  • Necrópole Medieval da Antiga Igreja Paroquial de São Pedro de Canaferrim;
  • Necrópole Medieval da Igreja Paroquial de Santa Maria;
  • Necrópole Medieval de Nossa Senhora de Milides;

Sintra e a sua história

No contexto de natureza, arquitectura e ocupação humana, Sintra, o seu termo e a Serra formam uma unidade que ainda hoje se considera única, na História Portuguesa. Este facto fundamenta-se, por um lado pelo exuberante património natural - sobretudo orográfico que atribui a Sintra a característica de "micro-clima", e por outro lado a continua ocupação humana que teve inicio a vastos milénios. Esta ocupação humana deve-se essencialmente aos seguintes aspectos:

  • Clima muito peculiar;
  • Fertilidade das terras;
  • Relativa proximidade ao estuário do Tejo;
  • Proximidade á capital - Lisboa.

Embora o património contruído e natural sejam as faces mais visíveis da individualidade histórica de Sintra, existe claramente um património literário que transformou este território numa referencia quase lendária.

No contexto histórico é importante salientar o dia 9 de Janeiro de 1154, no qual D. Afonso Henriques outorga a Carta de Foral a Sintra com as respectivas regalias. Esta carta estabelece o concelho de Sintra, cujo o termo passa a abranger um vasto território, pouco mais tarde dividido em quatro freguesias: São Pedro de Canaferrim, São Martinho, Santa Maria e São Miguel.

Um acontecimento importante foi também o terramoto de 1755, que causou muitos estragos na vila de Sintra, inúmeros imóveis ficaram destruídos. Á semelhança da cidade de Lisboa foi necessário proceder a reconstrução da vila.

Alguns acontecimentos marcantes da reconstrução:

  • 1778: Fundação da primeira unidade industrial - Fábrica de Estamparia de Rio de Mouro;
  • 1854: Celebração do primeiro contrato para a construção de um caminho de ferro entre Sintra e Lisboa;
  • 1887: inauguração do caminho de ferro;
  • 1914: Criação da Associação Comercial e Industria de Sintra. Nesse mesmo ano em nome de um progresso laico e popular cometeram-se alguns atentados ao património cultural, como foi o caso da demolição dos anexos medievais fronteiros ao Paço da Vila, ou a amputação da nave da secular igreja da Mesericórdia;

Os primeiros decénios do século XX, traduzem para Sintra época mais "urbana" apoiada na rapidez do caminho-de-ferro entre a Vila e Lisboa que vulgariza o costume de "ir a Sintra."

Abordagem aos valores presentes na área classificada

Parques e Manchas Florestais

Parque da Pena:

O Parque da Pena localiza-se na Serra de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim. O Parque da Pena começou a ser plantado em 1840, por iniciativa do rei D.Fernando II. No Parque foram abertos muitos arruamentos e edificadas algumas construções e lagos. Nas zonas mais elevadas entre Santa Eufémia e a Cruz Alta, ainda existem restos da vegetação primitiva da Serra com grande abundância de carvalhos, cedros e pinheiros bravos. No entanto nas zonas mais baixas com maior facilidade de irrigação, foram construídos jardins. Os mais destacados são os da entrada, o jardim da Fonte dos Passarinhos,Lagos, Vale dos Fetos, jardim das Camelias e finalmente o Jardim Inglês e o Jardim da Feteira da Condessa, ao centro do qual se ergue o Chalet no qual a mulher de D. Fernando II, se gostava de de retirar.

O actual estado de conservação do parque é mau, o agente responsável pela preservação/conservação do parque é o Parque Natural de Sintra-Cascais.











Parque e Palácio de Monserrate

Parque de Monserrate


O parque de Monserrate localiza-se na Estrada Nova da Rainha, freguesia de São Martinho.

O parque de Monserrate situa-se na aba da Serra de Sintra, e ocupa uma área de cerca de 50 hectares. o seu nome deriva de uma ermida construída neste local em 1540 pelo sacerdote Gaspar Preto, após uma peregrinação que fez ao santuário de Nossa Senhora de Monserrate na Catalunha.
A predominância de espécies sub -tropicais, fizeram com que o parque fosse considerado um dos mais notáveis jardins exóticos do mundo.
O parque beneficia de um complexo sistema de rega que engloba várias dezenas de nascentes, minas de água e ainda três barragens para armazenamento dessa água.
O actual estado de conservação do parque é mau, o agente responsável pela preservação e conservação do parque é o Parque Natural de Sintra-Cascais.

Entre 1950 e 1992, o parque foi objecto de obras de manutenção e conservação:

1950-54: Instalação de bocas de incêndio, reparação das canalizações e restauro da estufa;

1958: Arranjo dos jardins;

1992: Reabilitação do edifício da portaria e de duas casas do guarda; colocação de dois portões de acesso ao parque;

Contudo continuam a ser implantados planos de gestão para a conservação/preservação do parque: supervisionamento do trabalho de limpeza, reflorestação e recuperação deste parque.








Palácio de Monserrate

A história de Monserrate, remonta a uma data longínqua e desconhecida, no entanto pensasse que este teve o seu inicio, no facto do Monge Gaspar Preto, aí ter feito reconstruir uma capela, aquando da sua peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Monserrate, em Barcelona.

Mais tarde a capela passa para a posse do Hospital de Todos-os-Santos de Lisboa, que por sua vez cede a posse a um fidalgo da família Melo e Castro. O terramoto de 1755, causou grandes estragos na propriedade,o que agravou o seu estado até ao fim do século. De forma a arrendar utilmente a propriedade e também de forma a promover a sua conservação, Francisca Melo e Castro arrenda o prédio a Gerard Devisme.

Então actualmente o palácio situa-se na estrada Nova da Rainha, freguesia de São Martinho. Este foi mandado erguer por Francis Cook, entre 1860 e 1863 e corresponde a um outro palácio que o primeiro arrendatário da Quinta, Gerarad Devisme, aí mandara construir. O Palácio faz conjunto com um extenso e exótico jardim. O arquitecto criou um novo formulário estético exterior que se prolonga para o interior, que abrigava "móveis riquíssimos" tais como:

  • Espelhos de Veneza;
  • Tapetes Persas;
  • Vasos do Japão;
  • Loiça de Saxe e de Sévres;
  • Móveis da Índia;
  • Cadeira em Tartaruga;

A planta do Palácio ordena-se em torno de uma galeria interior que liga os dois torreões e é interrompida a meio por um átrio hexagonal que estabelece por sua vez a ligação com as fachadas Norte e Sul.

Apesar de ter sido construído, baseado numa arquitectura estrangeira, Monserrate não deixou de suscitar a imaginação dos arquitectos portugueses.

O actua estado de conservação diverge do interior pra o exterior, por dentro é medíocre, contudo por fora é razoável, o responsável pela sua preservação é Instituto Português do Património Arquitectónico.

No entanto foram efectuados vários trabalhos de recuperação entre 1950 e 1986.

Povoamentos Florestais da Serra
A Serra de Sintra engloba as freguesias: Colares, São Martinho e São Pedro de Penaferrim.
A Serra com o seu arvoredo, as suas quintas e palácios, a sua riqueza botânica e os seus amplos horizontes e belas paisagens formam sem dúvida um dos conjuntos mais valiosos do património florestal nacional. Esta fica situada junto ao litoral o que lhe proporciona um clima temperado e húmido, favorável ao desenvolvimento da floresta.
Infelizmente a partir de 1966, a Serra de Sintra tem sido alvo de incêndios, que provocaram a destruição de parte da sua floresta original. A Serra tem cerca de 5000 hectares.
O estado de conservação é regular, esta está sobre a responsabilidade da Direcção Geral de Florestas - núcleo Florestal de Sintra.
Contudo tem sido implantados planos de gestão, exemplo disso foi o projecto de rearborização, após o incêndio de 1989, os objectivos deste plano são bastante claros:
  • Recuperar o coberto florestal natural;
  • Fiscalizar as espécies exóticas e infestantes;
  • Abreviar a sensibilidade da vegetação ao fogo;
  • Valorizar a paisagem;
  • Aperfeiçoar o acolhimento ao público;

Este trabalho agora iniciado só atingirá plenamente os seus objectivos, entre 30 a 50 anos, conforme o desenvolvimento das espécies.

Centro Histórico de Sintra - " Vila Velha"

Memória Descritiva

O Centro Histórico de Sintra, situado na freguesia de S. Martinho, inclui a chamada Vila Velha, um dos núcleos que constituem o aglomerado urbano de Sintra.

Este foi propositadamente construído numa zona de menor declive, na base da Serra, a vila desenrola-se entre o Palácio Nacional, e a própria Serra, tentando sempre de alguma forma adaptar-se aos declives e á morfologia dos terrenos.

E constituída por uma vasta praça pública, que organiza o tecido urbano, pois e lá que se converge a principal estrutura viária da vila. No entanto existem pequenas praças cujo seu traçado é irregular e espontâneo.

O núcleo mais antigo conserva um traçado relativamente homogéneo, sem grandes alterações. è constituído por um parcelamento pequeno e irregular, é densamente ocupado. À medida em que caminhamos em direcção á periferia, modifica-se o tecido urbano, com ruas mais largas e menos onduladas, tornando assim o parcelamento maior e mais regular. As casas por sua vez ganham em dimensão e tem tendência a recolherem-se para o interior de propriedades mais amplas.

A vila velha apresenta coerência arquitectónica, que é conferida pelo ritmo das fachadas e dos vãos, pela contenção volumétrica e pela homogeneidade dos revestimentos.
a maioria dos edifícios são caracterizados por processos construtivos, gamas cromáticas e texturas tradicionais.è de notar que geralmente os revestimentos imitam a pedra ou o tijolo.
A população que lá reside é maioritariamente de uma faixa etária mais idosa, sem grandes recursos financeiros.

Muitas ruas são revestidas de calçada, algumas bastante antigas, que variam de natureza, textura, dimensão ou modo de aplicação de acordo com a época em que foram construídas.

O saneamento básico, não corresponde as necessidades actuais, sendo efectuado através de uma rede de abastecimento de água e de uma rede de esgotos, doméstica e pluvial. Não sendo suficiente, as redes de distribuição de energia eléctrica, telecomunicações e de iluminação pública também não correspondem a necessidades actuais.
A iluminação publica é feita através de candeeiros colocados nas fachadas.




Memória Histórica .
É na Vila Velha que e concentram, ate aos inícios do nosso século, as estruturas administrativas mais importantes do concelho (religiosas, politicas e sociais).
Do ponto de vista urbanístico a Vila desenvolve-se durante a época muçulmana. O tecido urbano, na idade média é condicionado pelas principais vias de acesso, que convergem para o centro da vila. Caracterizam-se pela sua relativa amplitude e pela menor irregularidade de traçado. Formam um conjunto urbanisticamente coeso, que se desenvolve numa malha urbana irregular.
Nesta época a cidade estava dividida em quarteirões e credos, exemplo disso são as áreas reservadas aos judeus.No século XVI, Sintra foi visitada por inumeros artistas e humanistas que reflectem o prestigio de uma corte grandiosa e culta.No século XVII, o interesse dessa corte desloca-se para outras terras - Mafra e Queluz, ficando relativamente esquecida a Vila Velha, contudo o surto construtivo em Sintra é orientado em direcção á Serra.
A evolução normal da Vila é perturbada pelo terramoto de 1755, pelo que é inevitável á semelhança da capital - Lisboa, proceder á reconstrução de grande parte da Vila.
Durante o século XIX, Sintra vive um período de apogeu, com a visita de numerosos viajantes que trazem consigo ideais romântico.
Foi também neste século que se fez o primeiro levantamento topográfico cadastral da vila, verificando-se pela análise da planta que a Vila se desenvolve em direcção á periferia. Assiste-se assim, á abertura de novos arruamentos, construção de novos quarteirões. No entanto na segunda metade do século XIX, Sintra adquire um estatuto de vila burguesa essencialmente dedicada aos prazeres da vida e ao ócio.
Em relação ao estado de Preservação/Conservação da Vila Velha de Sintra, na generalidade está em bom estado. O tecido urbano preserva as suas características originais, tal como a maioria dos imóveis.
Quanto aos espaços públicos encontram-se preservados apesar de necessitarem de uma obras de conservação. A câmara Municipal de Sintra é responsável pela administração e financiamento das obras de preservação e conservação.No entanto para os monumentos classificados existentes nessa área, estão sob a responsabilidade do Instituto Português do Património Arquitectónico











Arquitectura Aulica

Paço Real de Sintra


O Paço Real de Sintra situa-se no Largo da Rainha D.Amélia, Sintra, freguesia de São Martinho. Este constitui sem duvida o principal conjunto arquitectónico sintrense. Trata-se de um conjunto que não foi concebido de uma só vez e numa só época, mas sim do somatório de partes distintas, pouco a pouco acrescentadas a outras existentes.
A irregularidade e o alcantilado do próprio terreno, condicionaram-lhe o jogo de volumes, não permitindo soluções de simetria, nem irregularidades de implantação.

A tradição que pretendia ver no Palácio Real, uma original criação coesa do domínio muçulmano, ainda com acrescentos posteriores, está hoje completamente posta de parte.

No entanto, tudo o que ali podemos observar não remonta para lá dos século XV. O Paço Real na sua actual expressão revela-se sobretudo como o somatório de duas grandes campanhas de obras. a primeira relativa á fundação, em inícios do século XV e a segunda em inícios do século XVI.

O Paço Real surge-nos hoje, pois como uma extraordinária e majestosa fusão entre a tradição artística e arquitectónica da Europa medieval e a do Islão, síntese que apenas em território peninsular seria possível verificar-se, nomeadamente durante os nossos séculos de maior esplendor, que foram precisamente XV e XVI.




Principais zonas do Palácio:




  • " Sala dos cisnes" ou dos "infantes";


  • " Pátio dos cisnes";


  • " Sala das Pegas";


  • " Sala das Sereias";


  • " Câmara do ouro";


  • " Sala de César";


  • " Sala da Coroa";

  • " Sala das Galés";


  • " Pátio da Carranca";

  • " Sala dos Árabes";


  • " Sala dos Brasões";

  • " Jardim da Preta";


O actual estado de conservação deste imóvel ainda é bom/razoável. Entre 1922 até cerca de 1995 foram feitas obras de recuperação e conservação do Palácio.




















Palácio da Pena




O Palácio da Pena, situa-se na Serra de Sintra, na freguesia de São Pedro de Penaferrim. O interesse pelo local onde se ergue o palácio da Pena remonta á epoca medieval.O palácio da Pena e os jardins foram concebidos como um todo:as influências que conduziram á realização sublime de um, encontram-se no outro.
A Pena apresenta, pois, uma atitude vanguardista e inovadora no modo como concilia e recupera os valores arquitectónicos nacionais de diferentes épocas.
Sendo o Palácio da Pena o baluarte arquitectónico do Movimento Romântico em Portugal, ele reabilita em si inúmeras expressões de antigas civilizações. Depois de reerguido o que restou do antigo mosteiro hieronimita, com o seu claustro de dois pisos e com as paredes preenchidas por azulejos. Uma nova estrutura arquitectónica revivalista foi emergindo. Revivalista no sentido em que nela encontramos elementos caracteristicos de variadas antigas civilizações: Egipcia, Árabe.Podemos ainda falar em revivalismo no sentido em que procurou igualmente, nas diversas épocas da história da civilização ocidental, matéria para a sua concepção.
O Terraço da Rainha é o sítio em que melhor se pode observar e perceber a disposição deste novo espaço arquitectónico constituido por:

  • Terraços desnivelados;
  • Escadas em caracol;
  • Diversas guaritas;

  • Arcos;

  • Passadiços e corredores;

que nos dão acesso ás diversas áreas que estao espalhadas conforme o ideal romântico: acidental e assimetricamente.

Este Palácio ainda hoje preserva todo o seu legado, mibiliário e adereços originais.

As diversas áreas do palácio:

  • " Pavilhão Real";

  • " Sala de jantar da Familia Real";

  • " Primeiro e Segundo quarto das damas";

  • " Quarto da Rainha D. Amélia";

  • " Quarto de vestir da Rainha";

  • " Sala de estar privada da Familia Real";

  • " Escritório de D. Maria Amélia";

  • " Sala Àrabe";

  • " Sala Verde";

  • " Sala Indiana";

  • " Salão Nobre";

  • " Quartos de D. Manuel II : Sala de Saxe; Sala dos Veados";

Convento Hieronimita de Nossa Senhora da Pena

Memória descritiva

Do mosteiro , integrado no Palácio da Pena, restam apenas a pequena igreja e respectivos anexos, bem como o claustro e o refeitório.
A igreja tem uma planta em ângulo recto, e as suas paredes foram reparadas em 1619, a mando de Filipe II. No corpo da Igreja encontram-se dois altares, actualmente vazios mas que antigamente suportavam as imagens de Nossa Senhora da Pena e São Jerónimo.


Memória histórica

O Convento está situado num dos cumes mais elevados da Serra de Sintra. ao que tudo indica neste local registou-se a aparição da Virgem, tendo então aí se edificado uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora da Pena.
No entanto a ermida foi crescendo por ordem de D. João II, chegando ao ponto de se transformar num convento com capacidade para 18 monges, que incluía: capela, sacristia, claustro,dormitório, oficinas e campanário.
O seu actual estado de conservação é bastante bom, o responsável pela sua preservação ou conservação é o Instituto Português do Património Arquitectónico. Desde 1929 este imóvel tem sido alvo de muitas campanhas de restauro:

1947: Calcetamento e reparação do retábulo da Capela;

1951: Substituição dos telhados e reparações nos aposentos de D.Manuel;

1953: Arranjo da Sala de Jantar;

1967: Reparação de pavimentos e paredes interiores;




Chalet da Condessa D'Edla

O Chalet da Condessa D'Edla fica situado na Serra de Sintra, mais especificamente no Parque da Pena, em São Pedro de Penaferrim.
A planta do Chalet é da autoria da própria condessa, tem a forma rectangular no rés-do-chão, e o primeiro andar é cruciforme.As fachadas de alvenaria imitam longas tábuas, os adereços são trabalhados em cortiça. Sobressai deste conjunto homogéneo uma típica varanda de madeira que circunda o piso superior. No interior há a mesma imitação de tábuas de madeira. No salão os cantos encontram-se ornamentados com troncos bem modelados em estuque enriquecidos por nervuras de cobre e ramagens.
Na sala de estar as paredes são igualmente revestidas por cortiça. O quarto da Condessa encontra-se decorado com rendas brancas, sobre fundo azul escuro.

Na história...

Elisa Frederica Hensler recebeu o título de condessa D'Edla. Em 1869 casou com D. Fernando II. Este mandou erguer, em 1869, em pleno parque um "chalet", cujo estilo arquitectónico foi traçado pela própria condessa. Após a morte de D. Fernando a condessa herdou o Palácio e o Parque da Pena. Mais tarde na sequência de uma campanha de opinião pública a condessa vendeu todos os seus bens ao Estado Português, apenas conservando o uso do seu chalet.
O actual estado de conservação do chalet e mau, o responsável pela sua preservação é o Parque natural de Sintra - Cascais e Instituto Português do Património Arquitectónico.
Contudo desde os eu abandono o chalet não sofreu quaisquer obras de preservação ou conservação.






Quinta da Penha Verde

A primitiva casa da quinta, era simples e de dimensões reduzias. Mais tarde foi ampliada e modificada, adquirindo então o aspecto que conhecemos actualmente. Para enquadrar e de certa forma introduzir a mansão temos um pequeno jardim. a planta é um pouco irregular, contudo integra-se na linha arquitectónica áulica portuguesa tradicional. O seu interior é marcado pela sobriedade.

No corpo principal da mansão está inserida a capela de São Brás, que data do século XVII. Podemos ainda destacar a presença de outras capelas, de forma circular, dispersas pela quinta, tais como:

  • Capela de Nossa Senhora do Monte;

  • Capela de Santa Catarina;

  • Capela de São João Baptista;

Tanto a casa senhorial como os jardins se encontram em bom estado de conservação. O agente responsavel pela sua conservação é o actual proprietário.

Paço dos Ribafrias

O Paço dos Ribafrias fica situado na rua Consiglieri Pedroso, Sintra, freguesia de São Martinho.

O Paço foi erguido em plena Vila de Sintra, na primeira metade do século XVI, é composto por três corpos dispostos em "U".

O elemento mais significativo é o átrio abobadado, cujas ogivas assentam num complexo jogo de arcos e nervuras, contudo existem outros átrios igualmente importantes e bonitos.

Outro elemento que desperta também a nossa atenção é a sala de jantar que representa o puro estilo da Renascença, através das arcadas de volta perfeita que a delimitam.



Palácio de Seteais

Situa-se na estrada Nova da Rainha, freguesia de São Martinho.


O nome de Seteais deve-se segundo uma antiga lenda, ao facto de naquele local ao dizer-se "ai", o seu eco se repetir sete vezes.

Contudo analisando a documentação relativa ao campo de Seteais, podemos deduzir que a palavra deriva de Centeais - Terra de Centeio, tal como se escrevia e dizia antigamente.


O palácio foi construído num local paisagístico, e é uma belíssima construção setecentista edificada, por Gildemeester, durante o período pombalino. Este imóvel foi construído e "U".



Numa construção deste tipo, torna-se extremamente difícil definir uma linha arquitectónica única, mas e possível distinguir características de vários estilos. Os interiores na sua maior parte são revestidos de sedas e mobílias, na sala de jantar encontramos uma vegetação exótica, em que se debatem sereias e tritões.


O actual estado de conservação do imóvel e dos jardins é bastante bom, o agente responsável pela sua conservação é o Instituto Português do Património Arquitectónico.



Quinta da Regaleira

Situa-se na estrada Nova da Rainha, freguesia de São Martinho.

A história da Regaleira actual principia, em 1892, ano em que os Barões da Regaleira vendem a propriedade, contudo há pouca documentação histórica relativa á Quinta.

O majestoso palácio, a Capela da Santíssima Trindade e as restantes dependências, que é de destacar o "Poço" , na Quinta da Regaleira, constituem uma realização do revivalismo manuelino português.

A entrada para o interior do Palácio faz-se através de um alpendre com abobadilha de pedra, tão intensamente decorado quanto aos restantes alçados. O seu interior é bastante luxuoso, prolonga o efeito cenográfico e teatral do exterior.

A Capela da Santíssima Trindade foi construída mesmo em frente á casa, tem uma nave única, e representa a continuidade do decorativismo neo-manuelino que reveste o palácio.

O exuberante programa arquitectónico é completado por outras construções dispersas ao longo do parque.

O estado geral do imóvel da Quinta é francamente bom, o agente responsável pela sua conservação é a Câmara Municipal de Sintra.

Chalet Biester

Situa-se na Estrada da Pena, freguesia de São Martinho.


O gosto pelo chalés nasceu em Portugal, no ultimo quartel do século XIX. Cerca de 1890, um rico comerciante de origem alemã, escolheu Sintra para edificar a sua casa - Ernesto Biester, entregou essa missão ao arquitecto José Luís Monteiro.


Destacam-se alguns aspectos importantes, como por exemplo o acesso principal do edificio e marcado pela existência de um alpendre, que por sua vez é encimado por uma varanda.
Os interiores são revestidos por frescos. Todas as divisões tem um fundo uniforme: bege no átrio, cinzento nos salões e azul na capela, neles são reproduzidos inúmeros motivos: flores,ramagens, desenhos geometrizantes e figuras variadas.


O seu estado de conservação é bastante bom,, o agente responsável pela sua conservação é o próprio proprietário.
















Quinta do Relógio

Situa-se no largo da quinta do Relógio, freguesia de São Martinho.

A casa foi edificada em meado de oitocentos, e tem um sabor arabizante, aliás presente em todo o conjunto arquitectónico, é constituída por um pavilhão central de topo ameado ao qual se anexa dois corpos mais baixos.

O parque desta quinta não é grande, contudo distribuem-se ao longo dos seus jardins plantas raras.

O seu estado de conservação é bastante mau, o agente responsável pela sua conservação é o próprio proprietário.



Quinta dos Pisões

Situa-se no Largo dos Pisões, no centro histórico de Sintra, freguesia de São Martinho.

A sua construção remonta ao século XVI, pelo que são ainda visíveis elementos arquitectónicos, da primitiva construção, apesar de já se apresentar um pouco adulterada.

A Quinta dos Pisões apresenta uma fachada bastante irregular. Destaca-se o portal da entrada que é de todo renascentista, este dá acesso a um pátio interior. encontram-se também algumas paredes forradas com azulejos característicos do período manuelino.


Quinta do Saldanha

Situa-se na Rua Marechal Saldanha, no Centro Histórico de Sintra, freguesia de Santa Maria E são Miguel.

A partir de 1820,, João Saldanha, neto materno do Marquês de Pombal, passou a viver em Sintra,porque a corte que frequentava passava la muito tempo e porque começou a gostar da região, assim em 1830, mandou construir uma casa de campo e capela. A partir de 1834 realizou melhoramentos na sua casa, e mandou construir, um edifício semicircular que ofereceu á sua mãe, actualmente conhecido por "Casa Italiana". Mais tarde a quinta foi vendida a uma família inglesa.

A estrutura do edifício é em "L", a fachada é constituída por janelas góticas, de seguida surge um pórtico medieval, que tem no cimo uma varanda. O interior estabelece um paradigma entre o medieval e o moderno.A capela insere-se no corpo nascente do edifício e é muito sóbria.

O seu estado de conservação é regular, o responsável pela sua conservação é o Patriarcado de Lisboa.







Quinta da Amizade

Situa-se na Calçada do Parque das Merendas, freguesia de São Martinho.

A casa foi mandada construir por Carlos Sasseti,na primeira metade de oitocentos, funcionando como hospedaria.

É formada por uma sucessão de corpos desnivelados. As fachadas são de pedra viva,o interior da mansão mantêm-se inalterado apesar das obras de recuperação. A decoração é original na medida em que adopta um estilo rústico.

Arquitectura Militar

Castelo dos Mouros

Situa-se na Serra de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim.

Pouco se sabe acerca das origens do Castelo dos Mouros.
As muralhas contornam irregular e vastamente a montanha, contudo actualmente o troço amuralhado encontra-se parcialmente destruído. Mais no topo surge-nos o castelo, repleto de varias torres.

A porta principal insere-se num arco de volta perfeita.
O seu estado de conservação e muito bom, os agentes responsáveis pela sua conservação são o Parque Nacional de Sintra-Cascais e Instituto Português do Património Arquitectónico.




Arquitectura Religiosa

Convento de Santa Cruz dos Capuchos

Situa-se na Serra de Sintra, freguesia de Colares.
O convento foi mandado construir por D. Álvaro de Castro e é um dos múltiplos exemplos de religiosidade pietista do século XVI.
Segundo um dos cronistas da ordem o convento é conhecido por ser construído«entre matos densos, penedos altos e silvestres árvores, que neste seu maior retiro produz a Serra mais copiosa». A entrada é constituída por dois grandes blocos de pedra, que a natureza quase dispôs em arco. Logo após a entrada deparamo-nos com uma grande cruz de pedra., que contornando por ambos os lados vamos dar ao terreiro.
No terreiro há uma nascente natural, e de ambos os seus lados foram colocadas mesas e bancos de pedra.
Um simples telheiro com tecto e traves de madeira forradas de cortiça, elementos constituintes da portaria do convento, mostram a pobreza e o rigor que orientaram esta construção rústica e primitiva.
A capela do lado direito, é totalmente revestida no interior por azulejos do século XVIII, e é ladeada por dois pequenos confessionários.
A parede testeira da portaria, de novo a presença dominante do principal símbolo da Paixão -
uma cruz de madeira. Ainda em relação a portaria temos ainda presente nas suas paredes iconografia relativa a Nossa Senhora dos Capuchos. è também na portaria que está sepultada D.Maria de Noronha.
A igreja do convento, tem muito espaço, apesar de ser constituída por apenas uma nave de
dimensões reduzidas, coberta por uma abóbada de canhão.

O seu estado de conservação é regular/mau.